1ª leitura (Is 58,7-10): Eis o que diz o Senhor: (O jejum que me agrada é) repartir o teu pão com os esfomeados, dar abrigo aos infelizes sem casa, atender e vestir os nus e não desprezar o teu irmão. Então a tua luz surgirá como a aurora e as tuas feridas não tardarão a cicatrizar. A tua justiça irá à tua frente e a glória do Senhor atrás de ti. Então invocarás o Senhor e Ele atender-te-á, pedirás auxílio e Ele te dirá: «Aqui estou!». Se retirares da tua vida toda a opressão, o gesto ameaçador e o falar ofensivo, se repartires o teu pão com o faminto e matares a fome ao pobre, a tua luz brilhará na tua escuridão e as tuas trevas tornar-se-ão como o meio-dia.
* Eis o jejum que me agrada.
Esta leitura é tirada da terceira parte do profeta Isaías, também conhecida tecnicamente por Trito-Isaías. O contexto histórico-social tem a ver com a situação que se vivia em Judá após o regresso dos exilados da Babilónia. Dando uma vista de olhos pelos subtítulos que encontramos nas nossas Bíblias, depressa nos damos conta de que a intenção do profeta é dar coragem e restituir a fé ao povo que vive no meio de dificuldades e a atravessar uma grave crise de confiança e identidade por se sentir «deslocado» e também por ter que suportar uma pobreza generalizada. Sentindo-se como que abandonado por Deus, o povo pensa que pode encontrar uma solução repetindo alguns ritos de «apaziguamento», nomeadamente através do jejum. Ora bem, é neste contexto que se situa a leitura de hoje. As palavras do texto não precisam de grandes explicações e a mensagem parece-me simples: ou seja, os ritos meramente exteriores não valem grande coisa diante de Deus, se não forem aocmpanhados de uma atitude interior correspondente ao que os ritos significam. E, nesse aspecto, todo o capítulo 58 de Isaías é bem claro quanto àquilo que agrada ao Senhor. Ainda hoje, passados tantos séculos, persiste a ideia de que basta pôr em prática uma série de gestos e ritos para se julgar em ordem perante Deus. Neste capítulo, penso que tem perfeito cabimento uma palavra que hoje é usada a torto e a direito: a transparência. Diante de Deus, não há pregas nem muito menos «peneiras». Apresentar os nossos jejuns como valor de crédito não resulta, porque esta não é a linguagem de Deus. Para sabermos qual o jejum que agrada ao Senhor, basta ler de novo com atenção a leitura proposta.
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2ª leitura (1Cor 2,1-5): Irmãos, quando fui ter convosco, não me apresentei com o prestígio da linguagem ou da sabedoria, para vos anunciar o mistéiro de Deus. Julguei que não devia saber mais nada entre vós a não ser Jesus Cristo, e este crucificado. Apresentei-me junto de vós cheio de fraqueza, e de receio e de grande temor. A minha palavra e a minha pregação nada tinham dos argumentos persuasivos da sabedoria humana, mas eram uma demonstração do poder do Espírito, para que a vossa fé não se baseasse na sabedoria dos homens, mas sim no poder de Deus.
* A fé baseia-se no poder de Deus.
A experiência de Paulo em Atenas, e dum modo particular no Areópago (cf. Act 17, 16-33), quando tentou cativar o seu auditório com palavras doutas, não terá sido muito positiva. E essa experiência ter-lhe-á servido de lição no que se refere ao modo como passou a falar de Jesus às pessoas. Exemplo disso é precisamente este texto, sabido como é (por reflexões anteriores) que Paulo procurou ser o mais simples e directo possível na forma como transmitia a mensagem. Corinto foi o terreno desta nova forma de «fazer apostolado» e, pelos vistos, a fórmula resultou quando Paulo decidiu limitar-se a anunciar Jesus Cristo, com tudo o que Ele tinha feito e ensinado e com tudo o que Lhe tinha acontecido. Como Paulo, também todos os outros anunciadores podem cair na tentação de pensar que o êxito das suas empresas depende sobretudo dos métodos terrenos e da grande eloquência dos seus discursos. O anúncio de Jesus Cristo diz respeito a uma pessoa concreta e o que, neste texto, Paulo parece querer incutir é que o melhor «método» para falar deste assunto é limitar-se a apresentar a Jesus como Ele mesmo pensou e agiu. Descendo ao concreto, as pessoas serão levadas a aceitar Jesus Cristo não tanto pelas capacidades oratórias de quem se julga o melhor, quanto da convicção com que se fala dele. Os ouvintes, mesmo os mais ignorantes, não têm muita dificuldade em distinguir entre quem só apresenta belas teorias e quem está tomado pela pessoa de Jesus Cristo e procura comunicar essa mesma experiência.
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Evangelho (Mt 5,13-16): Jesus disse aos seus discípulos: «Vós sois o sal da terra. Ora, se o sal se corromper, com que se há-de salgar? Não serve para mais naeda senão para ser lançado fora e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem se acende a candeia para a colocar debaixo do alqueire, mas sim em cima do candelabro, para assim alumiar todos os que estão em casa. Assim brilhe a vossa luz diante dos homens, de modo que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai, que está no Céu».
* Ao verem as vossas obras, glorifiquem o vosso Pai.
O texto evangélico, com as imagens do sal e da luz, fala da necessidade de ser testemunha (mais do que ser douto) e, nesse aspecto, está relacionado também com a leitura anterior. Tanto o sal como a luz são imagens para definir o papel do discípulo de Jesus. O sal, como é facilmente compreensível em qualquer cultura, é o elemento que dá sabor à comida, além de impedir que esta se corrompa. É simples tirar a conclusão: o cristão ou o discípulo de Cristo tem por missão ser o sal da terra para dar sabor à vida das pessoas. Isso não significa que tenha que fazer sentir a sua presença de forma autoritária. Não é esse o seu papel. Utilizando a imagem do sal, a acção do cristão não deve ser nem «salgada nem insossa». De qualquer forma, a sua presença discreta, que tantas vezes não se nota, é indispensável para que a vida da comunidade tenha sabor e sentido. O cristão ou discípulo de Cristo é aquele que, com as suas convicções e a sua acção, tem por obrigação contribuir para que os autênticos valores não se corrompam. E, nesse capítulo, constata-se com evidente facilidade que, quando os cristãos «perdem o sabor», não há realmente maneira de poder salgar a sociedade com os valores que dão sentido à vida. A imagem da luz, que não se pode esconder, tem a mesma finalidade. Quer dizer que o cristão ou o discípulo de Cristo deve ser a luz que ilumina a vida das pessoas, a luz que indica o caminho para Deus. Neste perspectiva, o cristão não pode pretender focar as atenções sobre si. O que realmente interessa é que as pessoas, ao verem as suas boas obras, glorifiquem o Pai que está nos céus. Quando, mesmo ao falar de Jesus, se pretende atrair as atenções para a nossa pessoa, há algo que não está a funcionar, há algo que é contraproducente.
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* Que a vossa luz brilhe...
Posso começar por dizer que, na sequência da liturgia da palavra do domingo passado, também o trecho evangélico deste dia está inserido, de alguma forma, num contexto de «bem-aventurança». De resto, não deixa de ser interessante que temos entre mãos um texto que vem logo a seguir às Bem-aventuranças e que faz parte do «Sermão da Montanha». Nesse contexto, a reflexão de hoje dá um passo ulterior no que se refere à clarificação do conceito de felicidade. Assim (e esta parece-me uma primeira conclusão importante) os que são proclamados felizes não o são apenas para si mesmos. São-no também para o mundo, para os outros. Esta nova perspectiva é apresentada com duas imagens tiradas da realidade quotidiana. Os seguidores de Jesus devem ser como o sal e como a luz, para dar sentido às realidades terrenas.
Quem é a luz de mundo e o sal da terra?
À primeira vista, Jesus parece ter dirigido estas palavras («vós sois o sal da terra... e a luz do mundo») em primeiro lugar aos discípulos. Mas, seguindo o texto a partir do início (cf. Mt 5,1), numa leitura mais aprofundada, não se trata de palavras dirigidas a eles de maneira exclusiva, porque o Sermão da Montanha é dirigido a todos os presentes (à «multidão» que o seguia). Hoje em dia é, pois, dirigido a todos os cristãos e homens de boa vontade, que são os pobres, os humildes, os mansos, os que têm fome e sede de justiça, todos os que são perseguidos por amor da justiça.
Os cristãos são «luz e sal» para o mundo não por serem melhores que os outros, não necessariamente por pertencerem à Igreja e por serem fiéis aos actos de culto. A «filiação» simplesmente material não lhes confere nenhum título especial nesse capítulo para serem testemunhas. Podem até ter mais qualidades do que os outros e não falharem a nenhum acto de culto e, no entanto, não serem luz e sal para os outros. Esses actos podem perfeitamente não dar sabor nenhum à vida e não iluminarem os caminhos de ninguém.
Os cristãos são sal e luz, em primeiro lugar, por serem pobres em espírito, mansos, puros de coração, por sofrerem por causa da justiça, etc... Mas se o forem realmente! São esses os sinais pelos quais os outros saberão e reconhecerão que são discípulos de Cristo (cf. Jo 13,35). Por outras palavras, os cristãos serão sal da terra e luz do mundo na medida em que conservarem, na prática quotidiana das suas vidas, o sabor da doutrina original de Jesus e na media em que forem sempre orientados pela autêntica luz do mundo que é Jesus. Ou seja, para ser cristão a sério, não basta apenas fazer parte da lista dos seus discípulos, é necessário tomá-lo a sério e vê-lo no irmão...
De modo que vejam as vossas boas obras
Escusado será dizer que esta frase não consubstancia a apologia da vaidade, pois isso estaria em contradição com toda a lógica evangélica. Seja como for, até a primeira leitura sublinha que as boas obras serão como uma luz que surge como a aurora. Ao povo hebraico, preocupado com a prática exterior e com a meticulosidade no cumprimento das normas de culto, Deus recorda, pelo profeta Isaías, que, mais do que o esplendor do culto, o que lhe agrada de facto é o acolhimento dos que não têm onde viver, a partilha do pão com os que têm fome e o respeito pelos mais fracos (cf. 1a leitura).
Em todo o caso, tanto segundo Isaías como segundo o autor neotestamentário, não basta rezar e fazer jejum ou penitência. A oração e a penitência (coisas óptimas em si mesmas) devem ser acompanhadas pela acção. Quando os homens virem as boas obras dos cristãos, então saberão dar glória ao Pai que está nos céus.
A palavra, o jejum, a oração e o culto são importantes? Certamente. Mas não são as palavras ou as rezas por si sós que dão testemunho da vinda do Reino de Deus. O que dá glória a Deus é o pagar em pessoa, o comprometer-se nas circunstâncias e nos acontecimentos construtivos da sociedade. O discípulo deve como que dissolver-se, penetrar profundamente na massa do mundo, para lhe dar um novo gosto, para actuar como fermento de salvação trazido por Cristo.
O simbolismo do sal
Todos sabemos qual é o uso corrente do sal e, por isso, não vamos «repisá-lo». Passemos, pois, à frente. Fixemos então a nossa atenção sobre o seu significado e simbolismo. Tudo o que o sal é para os alimentos, são-no (ou devem ser) os cristãos ou discípulos de Jesus para a humanidade, graças à sabedoria e ao sabor que lhes foi concedido. Como discípulos de Jesus, eles devem ter consciência de que vivem já a realidade do Reino de Deus e, sendo assim, têm obrigação de saber qual é a vontade e quais são os planos de Deus acerca do mundo. Isso significa que a sua vida deve ser um apelo para «ir mais além» da realidade que os circunda.
O que pode acontecer (e acontece mais frequentemente do que seria de desejar) é o tesouro que receberam ser condenado à inutilidade por uma conduta incoerente. Pode acontecer que eles percam o sabor, a capacidade de salvar. E isso é muito grave, porque pode não haver mais ninguém capaz de dar um sabor de redenção à história humana fora de Cristo e do seu Evangelho. Os cristãos devem estar, portanto, muito atentos a não perder a sua força, a não se tornarem insípidos e incapazes de exercer uma influência purificadora, preservadora e salvadora em relação ao «mundo».
Modificar o Evangelho, acrescentando-lhe alguma coisa da nossa lavra ou limando-o de «excrescências» que se julga serem demasiado exigentes é equivalente a fazer perder o sabor ao sal do mesmo Evangelho. Se isso acontece, os agentes dessa operação «serão lançados fora» por falta de préstimo. Ora, sabemos da boca do evangelista Mateus que «ser lançado fora» não é nenhuma brincadeira. Essa expressão equivale a ser condenado. Portanto, os que perdem o sabor não só comprometem seriamente a sorte da humanidade, de que fazem parte, como inclusivamente comprometem a sua própria salvação.
Onde está hoje a luz que ilumina?
O tema da luz ocupa um pouco as páginas de todo o Antigo e Novo Testamento e até da literatura rabínica que vigorava no tempo de Jesus. Basta percorrer as leituras de hoje (e também o Evangelho de João no seu conjunto) para nos darmos conta abundantemente disso. Mateus aplica a imagem da luz aos discípulos. Após a subida de Jesus aos céus, eles devem brilhar, porque a função primordial da luz é brilhar, ou melhor dizendo, é iluminar.
Parece-me que Mateus não está a pensar necessariamente e só na luz que a pregação apostólica deve irradiar, mas sim num outro tipo de «iluminação»: a das «boas obras», ou seja, a luz que irradia da vida concreta dos discípulos, na medida em que estes põem em prática as Bem-aventuranças. Por outras palavras, as obras dos cristãos devem ser «iluminadas» pela palavra de Deus e «iluminadoras» das realidades humanas.
Só assim poderão constituir ponto de referência para que os outros descubram eventualmente uma dimensão diferente da existência. Não se trata, pois, de fazer algo só para ser visto e louvado pelos homens (o que, de resto, é claramente condenado numa outra passagem: cf. Mt 6,1-2), mas, ao contrário, trata-se de actuar de tal maneira iluminados pelos princípios evangélicos que as outras pessoas possam descortinar uma dimensão a que não estavam habituadas.
O Evangelho fala de luz escondida debaixo do alqueire e insiste em que a luz deve estar não debaixo do alqueire, mas num local onde se possa ver. Embora pareça diferente, é uma imagem que tem o mesmo efeito que a do sal. A luz que é colocada debaixo do alqueire é certamente uma imagem de exagero, mas serve perfeitamente para indicar que uma luz escondida assim é uma luz completamente inútil. Ora, para que a vida concreta do cristão não seja inútil, é preciso que se não assemelhe nem ao sal que perdeu o sabor nem à luz que se esconde.
Ser sal, mas não em demasia...
Mas, como é que se pode ser sal e luz para o mundo? Bem, antes de mais (e neste momento refiro-me agora apenas à vertente negativa), não podemos nem tornar tudo insuportavelmente salgado nem «cegar» os outros com o nosso suposto brilho. Suponho que, mesmo atendo-nos apenas a esta leitura de sinal negativo, teríamos razões mais que suficientes para nos convencermos de que a Palavra de Deus não é algo que podemos tratar superficialmente, não é nenhuma brincadeira.
Concretizando um pouco mais, não temos o direito de «brandir» a Palavra de Deus para cegar e lançar um juízo de condenação sobre os outros. Pelo menos, não o devemos fazer sem primeiro a «brandir» contra nós próprios. Como podemos tirar o argueiro da vista dos outros sem primeiro tirar a trave da nossa vista (cf. Lc 6,42)?
Mas a Palavra de Deus tem que ser também e sobretudo, isso sim, elemento para dar um sabor especial à vida e luz que encaminha os outros para a própria Luz que é Deus. Por isso, deve ser encarnada na vida concreta do dia a dia. Caso contrário, corre o risco de ser como a luz escondida debaixo do alqueire ou como o sal amontoado a um canto. Servem para alguma coisa? Sim, quando, e apenas quando, estão em contacto com a realidade...
Ponhamos um caso concreto. Os esfomeados no mundo contam-se aos milhões. E a tendência é para aumentar. A lógica férrea dos sistemas económicos, sejam eles quais forem, é a razão que explica que haja riquezas cada vez mais abundantes em casa de quem está já farto. A mesma lógica priva inexoravelmente do indispensável a quem já vive na miséria. E os sinais dados pelos cristãos no mundo de hoje infelizmente não são nada iluminantes (para não dizer que são contraproducentes). Há que dizê-lo sem rodeios: os países «tradicionalmente cristãos» estão situados na praia da riqueza e da opulência. Ora, isso não é um sinal nada luminoso.
Sinais ou superfície opaca?
Como consequência das considerações tecidas acima, surgem perguntas que não nos deixam nada tranquilos. Não será que nós, cristãos, por conveniência, sustentamos implícita ou explicitamente sistemas injustos que oprimem e exploram os fracos e os pobres? Não será que nos estamos a identificar, na prática, com aqueles que cristãos o não são, porque os cristãos, no espírito das Bem-aventuranças, são os pobres, os mansos, os humildes, os fracos, os que sofrem perseguição?...
A comunidade cristã, por vezes, com a sua acção prática, arrisca-se a opor uma superfície opaca à luz de Cristo. A não consciência da solidariedade no testemunho, a política do lavar as mãos como Pilatos, o desinteresse pelos factos ou acontecimentos em que não joguem cartada importante os nossos interesses, impedem-nos de fazermos luz sobre o mundo...
Mais do que com a boca, prega-se com factos, com a vida. E isso não com a intenção de ser vistos pelos outros, como os fariseus, que faziam as suas obras para serem vistos e louvados pelos homens (cf. Mt 6). O ser visto pelos outros deve estar ao serviço duma ordem de coisas superior, não ao serviço do nosso nome e dos nossos interesses (sejam eles de cariz material ou mesmo moral). O discípulo autêntico é bem capaz de desaparecer para deixar aparecer a luz do Outro. Aliás, o texto evangélico diz que os outros devem olhar para as nossas boas obras e não para nós próprios e que devem glorificar a Deus (e não glorificar-nos a nós).
O próprio texto isaiano ajuda-nos a não pensar na luz como «sabedoria verbal» que temos para oferecer aos outros. A nossa missão não é propriamente fazer ver aos outros como é que se deve agir. Isso é apenas uma consequência que eles próprios tirarão. O crente torna-se portador e veículo da luz de Deus quando a sua conduta encarna um pouco aquela misericórdia e carinho pelo homem que Deus demonstrou ao longo da história da salvação.